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Guilherme Lima

Unidos em Oração

40 Dias de Oração – Dia 18

DIA 18 – (20 DE MAIO)

O ENCARGO PARA PREGAR A PALAVRA

Por Israel Ramos

Eu era um colportor-evangelista para estudantes do ensino médio no Maine. Normalmente, tínhamos folga às sextas-feiras, mas nosso programa similar, composto por alunos mais velhos que vendiam livros mais caros, tinha algumas pessoas que trabalhavam na sexta-feira para ganhar dinheiro extra. Aproveitando a oportunidade de passar um tempo com um público mais popular, decidi acompanhá-los. Eu tentei uma porta, tentando provar que valia a iniciativa, enquanto meu parceiro tentava vender em todas as outras portas. Depois de algumas horas de sucesso no campo, voltamos para casa. Foi quando ouvi o sermão lendário que mudou o resto da minha vida.

O falecido C. D. Brooks estava na rádio com o som ambiente dos alto-falantes do carro no volume máximo. A ocasião para o sermão foi a ordenação de dois ministros para a obra do evangelho. A inspiração da mensagem foi tirada de II Timóteo 4:1-4 – as palavras de um velho Paulo a um jovem Timóteo: “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, Que pregues a palavra”.

Eu tinha acabado de concluir meu segundo ano do ensino médio e já sentia o chamado de Deus para ser um pastor. Ainda no processo de descobrir quem eu realmente era, minha personalidade mudou desajeitadamente entre timidez e indelicadeza, insegurança e excesso de confiança. Até aquela época, eu não era do tipo de ouvir sermões no rádio. Na verdade, só recentemente me tornei um verdadeiro cristão, deixando para trás uma vida de escolhas que ofuscaram a minha mente e arruinaram minha experiência espiritual.

Quando a voz retumbante do pregador começou a quebrar aquele texto, minha mente – assim como as janelas do carro – parecia que estavam prestes a explodir. “Pregue a palavra!” foi acentuada, seguida de fortes advertências contra pastores que fazem qualquer outra coisa.

Duas coisas aconteceram daquele dia em diante. Primeiro, desenvolvi uma paixão pela Palavra de Deus como nunca antes. Em segundo lugar, comprometi-me com a proclamação da mesma.

Quando aquele verão terminou, voltei para o instituto para o meu primeiro ano. Para nossa aula de oratória obrigatória, decidi usar esse sermão como minha inspiração. Eu não estava preocupado com plágio na época, e tentei me lembrar do sermão que eu tinha ouvido apenas alguns meses antes. A única coisa que eu conseguia lembrar era a solenidade assustadora da incumbência de Paulo a Timóteo: “Pregue a palavra!”

Com toda a honestidade, a apresentação não fazia sentido. Não levou em consideração o fato de que ninguém na audiência estava no caminho do ministério pastoral. Afinal, éramos um bando de estudantes do ensino médio simplesmente tentando cumprir uma tarefa exigida para concluir com sucesso um curso – um curso que não era muito popular devido à sua terrível exigência de falar em público.

Além de não entender as necessidades do meu público, não levei em consideração minhas próprias habilidades como palestrante. Inspirado pelo estilo de Brooks, escrevi um sermão cheio de pontos de exclamação, imaginando-me falando a plenos pulmões com meus colegas como se eu também os estivesse inspirando em suas ordenações. Minha entrega não correspondeu à minha intenção.

Não me lembro da nota que recebi no meu discurso. Eu simplesmente me lembro de alguns conselhos do diretor da escola me lembrando de não me atrapalhar com minha Bíblia, seguidos por estas palavras encorajadoras: “Deus vai usar você algum dia para fazer algo especial para Ele”.

Essas palavras exigiam fé. Eu era um estudante dedicado em todas as matérias e a profunda paixão do meu coração de dar minha vida ao serviço de Deus ainda não havia se tornado uma vida de compromisso. Por mais que tentasse, não conseguia entender a Bíblia por mim mesmo. Durante um ano inteiro, a única passagem bíblica que estudei para meu momento devocional da manhã foi 2 Timóteo 4:1-4.

Quase quinze anos depois, a mesma passagem foi lida para mim em meu culto de ordenação. Já se passaram vinte e cinco anos desde aquele dia em que preguei para mim mesmo, e aquelas palavras urgentes de Paulo ainda servem como encorajamento e advertência para cumprir meu ministério.

Israel Ramos é o diretor e coordenador do ministério público do campus na Michigan Conference e Lake Union, respectivamente. Sua esposa Judy é educadora e têm três filhos com quem gostam de compartilhar a vida.

Desafio ao coração

Seja você pastor ou não, todo crente é chamado a compartilhar as mensagens transformadoras da Bíblia. Seja qual for a forma em que compartilhamos nossa fé com os outros, pregando, ensinando, escrevendo, cantando, em atos de serviço ou qualquer outra forma criativa, é vital que o que compartilhamos seja preenchido e fiel à Palavra de Deus; Em alinhamento com suas direções e o caráter de amor de Deus.

A Palavra de Deus é poderosa. Sua pregação impacta vidas por toda a eternidade. Você responderá ao chamado de Paulo e ‘pregará a Palavra’ por meio de suas palavras e ações?

Pedidos de oração

  • Ore por ousadia para pregar a Palavra em palavras e ações hoje. Ore para que mais jovens sejam chamados para pregar a Palavra.
  • Ore sobre qualquer dúvida que você tenha na Bíblia. Peça a Deus para ajudá-lo a encontrar respostas e clareza em relação a essas perguntas.
  • Ore pelo Pastor Ted Wilson, presidente da Associação Geral, enquanto ele prega em uma campanha evangelística em Indianápolis, de 21 a 28 de maio.
  • Ore por seus pastores locais. Ore para que Deus os sustente, os proteja e, o mais importante, os encha com um derramamento ainda mais abundante do Espírito Santo.
  • Ore pela proteção de nossos jovens contra os vícios cada vez maiores da tecnologia e do tempo de tela.
  • Ore pelas 7 pessoas da sua lista, pelos seus nomes. Continue reivindicando as promessas de Deus.

Fonte: https://revivalandreformation.org/40days
Tradução: Guilherme Vieira Lima